O motivo mais plausível, mais louvável que nos faz ingressar numa universidade é o da busca pelo conhecimento, correto?!
Mas convenhamos: você entrar numa universidade que te custa oitocentos reais (ou mais, caso não efetue o pagamento em aproximadamente cinco dias após a chegada do boleto) mais muitos outros custos, que totalizam aí uns mais de mil reais por mês – o que não devia ser muito – para graduar-se, especializar-se (investindo ainda mais) e obter, com sorte, o triplo disso como retorno... Não é nada plausível.
Mas quem deve pagar pelos serviços prestados por nós, enquanto profissionais? Eu mesma manifestei um grande interesse pela atuação dos Psicólogos em asilos (ou ILPs, se preferirem os entendidos da área), onde o trabalho é quase que voluntário – uma vez que se ganha menos do que se investe na formação. Nesse caso, por exemplo, não seriam os idosos lá residentes que deveriam lidar com esse problema, com certeza.
O que eu quero dizer é: a profissão de Psicólogo deve ser mais bem vista por parte não só da área da saúde ou dos órgãos por ela responsáveis, mas da população em geral. Nós, profissionais, também devemos mostrar a suma importância da Psicologia na vida e no dia-a-dia do ser humano.
Quem sabe assim, a Psicologia Clínica se torne algo normal e acessível a todos; os Psicólogos Organizacionais tomem mais partido nas organizações e em seu planejamento; os Psicólogos das muitas instituições sejam mais bem remunerados, e recebam por tanto, gratificação não só pela atividade exercida e pelo reconhecimento de seus pacientes, mas pelo seu reconhecimento financeiro também. Entre outras muitas mudanças que precisam começar a entrar em ação.
Mas fugindo um pouco da minha área...
Falando assim, de início parece que a preocupação é só financeira. Mas não é bem assim. Por ter estudado em escola pública e particular, ter amigos bem e não tão bem de vida, conviver entre classes sociais diferentes e já ter trabalhado no comércio, onde se encontram pessoas com outros ideais de vida que não a universidade, sempre me intrigou o porquê desses jovens, da mesma idade que eu, terem ideais tão diferentes.
Mas depois de ser aluna de faculdade e reunir informações à cerca da remuneração dos profissionais atuantes no mercado, vi que tais valores não diferem muito de um bom vendedor no comércio, por exemplo. Não que esse seja o motivo pelo desinteresse de alguns por uma formação universitária, uma vez que estes geralmente não têm contato com esse tipo de informação; mas coloco então, uma das possíveis causas da ausência de muitos jovens da sociedade brasileira numa das salas de ensino superior do país. Tudo isso sem contar o polêmico vestibular das universidades públicas e o preço da mensalidade das particulares versus o salário mínimo do brasileiro.
Acredito que essas sejam questões merecedoras de um bom ‘Café Filosófico’; eu sou só uma estudante com muitas opiniões, portanto passo para as mãos de bons estudiosos e bons profissionais essa discussão.
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